O filme aborda questões raciais e sociais, mostrando como os dois personagens enfrentam preconceitos e discriminação em sua jornada. Tony, que inicialmente tem atitudes racistas, acaba se tornando um aliado de Don e aprende a valorizar a amizade e a diversidade.
O título do filme, "Green Book", faz referência a um guia de viagens para negros na época da segregação racial nos Estados Unidos, que indicava os lugares onde eles poderiam se hospedar, comer e se divertir sem sofrer discriminação. Isso é importante na história do filme porque mostra como Don Shirley, mesmo sendo um artista renomado, ainda enfrentava restrições e limitações por causa de sua cor de pele.
O filme recebeu muitas críticas, especialmente em relação à forma como a relação entre Shirley e Lip foi retratada. Uma das críticas mais significativas foi feita pela família de Don Shirley, que afirmou que o filme não apresenta com precisão a verdadeira natureza da relação entre o pianista e o motorista. Segundo a família, Shirley e Lip não eram amigos íntimos ou parceiros de viagem, mas sim um empregador e um empregado. A família também afirmou que Shirley não se identificava como afro-americano, mas sim como um homem que era negro, mas que não se encaixava em nenhuma das categorias raciais definidas na época. Além dessas críticas, muitos observadores também apontaram que o filme tende a minimizar a brutalidade do racismo na época retratada. Algumas pessoas também criticaram a escolha de um diretor branco para contar uma história sobre a experiência negra nos EUA.
Don Shirley, o pianista retratado no filme, nasceu em 1927 em Pensilvânia. Ele começou a tocar piano aos 2 anos de idade e era um prodígio musical. Shirley estudou música clássica na Universidade de Chicago e mais tarde se mudou para Nova York, onde tocou em clubes de jazz famosos. Ele também se apresentou com a Filarmônica de Boston e gravou vários álbuns aclamados pela crítica. Shirley faleceu em 2013 aos 86 anos.
No entanto, apesar das críticas, "Green Book: O Guia" foi um sucesso de bilheteria e ganhou o Oscar de Melhor Filme em 2019. Além disso, o filme teve um impacto significativo na indústria cinematográfica e na sociedade em geral, ao trazer à tona questões importantes sobre racismo e discriminação.
A despeito das duras críticas à obra, assistir a "Green Book: O Guia" é uma experiência didática, emocionante e enriquecedora, que nos faz refletir sobre a importância da amizade, da tolerância e da igualdade. Portanto, se você ainda não assistiu a esse filme incrível, não perca mais tempo e confira o quanto antes. É possível aprender bastante com a obra.
Avaliação: ⭐⭐⭐⭐⭐
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