A docência sempre foi uma das profissões mais valorizadas e importantes para a sociedade. Porém, quando olhamos para a composição dos profissionais da educação, é possível notar uma disparidade entre homens e mulheres atuando em diferentes níveis de ensino.
Na educação básica, a proeminência é das mulheres. Segundo dados do Censo Escolar de 2018, elas representam cerca de 85% dos professores na educação infantil e no ensino fundamental. Essa presença feminina é ainda mais expressiva em áreas como pedagogia e licenciaturas, onde as mulheres são a grande maioria dos estudantes. Porém, quando olhamos para o ensino superior, a realidade é diferente. Apesar de haver uma presença significativa de mulheres na graduação, é comum vermos uma maioria de homens atuando como professores universitários e ocupando cargos de liderança acadêmica.
Essa disparidade pode ser explicada por diversos fatores, como a construção social dos papéis de gênero e a falta de políticas públicas que incentivem a participação das mulheres em áreas consideradas tradicionalmente masculinas. Além disso, a falta de representatividade feminina em cargos de liderança pode contribuir para a manutenção dessas desigualdades. No entanto, é importante destacar que a presença de mulheres na educação básica é fundamental para a formação de crianças e jovens. As professoras são muitas vezes vistas como figuras mais confiáveis e afetivas, e são responsáveis por transmitir valores e conhecimentos que vão além do conteúdo escolar. Por isso, é fundamental que a sociedade valorize e reconheça o trabalho dessas profissionais.
Por fim, é preciso que haja um esforço coletivo para superar as barreiras que impedem a participação igualitária de mulheres em todas as áreas da educação. É apenas com a valorização e inclusão de todas as pessoas que poderemos construir uma sociedade mais justa e igualitária.
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