“A pintora de henna” nos apresenta uma
Índia instigante, da década de 1950. A protagonista, Lakshimi, aos dezessete
anos foge de um casamento abusivo e chega à Jaipur, conhecida como a Cidade
Rosa. Ali, ela trabalha arduamente por anos e se torna a artista de henna mais
requisitada pelas mulheres abastadas.
Além de dedicar anos no aprimoramento dos seus produtos,
óleos e henna, Lakshimi se destacou por seus desenhos intricados de conceito e
significados únicos.
Transitando entre egos e as tramas das
famílias mais ricas da cidade, a pintora de henna aprende a se fazer necessária
e útil para pessoas tão prestigiadas, garantindo seu sustento e uma reputação
ilibada, longe do passado que ela esconde cuidadosamente.
Entretanto, quando seu sonho de
independência e de uma casa própria está muito próximo de se concretizar, ela é
surpreendida por uma situação difícil de contornar ou acobertar: além de ser
localizada na cidade por seu marido abusivo, ela agora precisa acolher uma irmã
que não sabia da existência. Ingênua e impulsiva, a irmã ameaça toda a vida que
Lakshimi cuidadosamente construiu até aqui.
A leitura é deliciosa, fluida e
proporciona um mergulho na Índia dos anos 50. Ao longo do processo de
autodescoberta da protagonista, a trama é atravessada por problemáticas que nos
provocam reflexões sobre o que as pessoas escondem por trás das portas de seus
quartos.
Ler "A pintora de henna" foi
um mergulho profundo na cultura indiana, através do olhar de uma mulher. A
experiência me marcou tanto que, ao terminar a leitura, comprei um exemplar
para presentear minha mãe, prevendo que ela também se sentiria representada
pela protagonista Lakshimi.
Avaliação: ⭐⭐⭐⭐
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