Lenni tem 17 anos de idade e pouco tempo de vida por causa de uma doença em estágio avançado. Ela, mais do que muita gente, sabe o significado literal da máxima “a vida é breve”.
O
livro tem início com Lenni indo à igreja do hospital, uma capela de orações.
Sedenta por respostas, ela precisava de explicações que justificasse o sofrimento
que ela estava vivendo. A priori, ela não recebe do padre respostas muito satisfatórias.
Contrariando
as ordens da equipe médica, que insiste que ela mantenha-se em repouso
absoluto, ela começa então a frequentar aulas de arte oferecidas aos pacientes
do hospital. É em uma dessas aulas que ela conhece Margot, uma senhora de 83
anos internada em outra ala o hospital.
Margot,
a despeito da idade e condição de saúde delicada, é espirituosa e livre. Elas
conversam muito e acabam criando de imediato uma conexão. Percebem, portanto,
que somando suas idades, elas possuem juntas 100 anos e, para celebrar esse
século de experiências e memórias, resolvem pintar uma centena de quadros que
reflitam essas lembranças.
Nem
sempre essas memórias são felizes. E é a partir daí que o leitor tem contato
com a trajetória das personagens. Ler uma obra em que há a iminência da morte
das personagens é sempre um aperto contínuo no peito. Apesar da conexão
instantânea, a história das protagonistas são muito distintas. O que elas mais
têm em comum é terem consciência da brevidade de suas vidas. As visões e
lembranças são diferentes e com isso elas fortalecem essa amizade a partir de
uma genuína troca.
A
leitura é leve, suscita muita reflexão sobre o que construímos e os legados que
deixamos na vida. Uma escrita sensível e envolvente.
Avaliação: ⭐⭐⭐⭐
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